O novo álbum de Peter Doherty, o garoto problema preferido (principalmente pelos tablóides ingleses) do rock atual já está disponível para audição e pode ser encontrado para download facilmente.
E a sonoridade não lembra nem de longe a atribulada vida de Doherty. Manja aqueles bailinhos de filme americano? No final, quando rola a música calminha, pra dançar juntinho? Pois qualquer música de “Grace/Wastelands” poderia ocupar fácil espaço num filme desses. Não que isso seja ruim; a voz de Doherty está limpa, agradável. As músicas mostram amadurecimento.
“Arcady”, que abre o disco, é uma balada, bem lenta. “Last of the English Roses” segue o passo, com uma bateria cadenciando o ritmo. “1939 Returning” é quase falada de tão devagar. “Salome” é só clima, chega a lembrar trilha de western spaguetti. “I Am The Rain” dá um gás no final, só para voltar à lentidão inicial. “Sweet By and By” é meio jazzística, com um piano e um trompete que levam Doherty para algum bar americano enfumaçado dos anos 30. E ele parece estar em casa.
Em “Sheepskin Tearaway” rola a participação de Dot Allison e Graham Coxon toca na maioria das faixas. O disco é homogêneo, sem nenhum destaque, nenhum hit em especial. Não espere nenhuma música para pista (pelo menos não até começarem os remixes).
“Grace/Wastelands” é para ouvir no fim da festa, depois que os vizinhos reclamarem do barulho.
[“Grace/Wastelands”, Pete Doherty. 12 faixas com produção de Stephen Street. Lançado pela EMI/Astralwerks em Março de 2009]
[rating: 3,5/5]
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