
Eu realmente não tenho nada a ver com a história pessoal de ninguém além da minha (e de quem participa dela), mas, sabe, quando alguém chega no seu blog buscando por “marcelo camelo mallu magalhães juntos” ou “marcelo camelo pegando mallu”, você passa a ter um pingo de direito de comentar a vida dos outros.
Bem, vamos aos fatos:
1. Marcelo Camelo e Mallu Magalhães são autores de uma das melhores (ou a melhor) músicas brasileiras de 2008. Gravada no primeiro disco solo dele, “Janta” é uma canção de amor. Na letra está escrito: “Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar / Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá”.
3. Na edição #29 do Podcast Qualquer Coisa, os jornalistas Paulo Terron e José Flávio Júnior, comentando a gravação do DVD da Mallu, falaram de uma música nova de amor quase sexualizado – que agora se sabe, se chama “Faz” – que ela havia apresentado no show. A letra, que ela ainda não tinha decorado, está escrita num papel que tinha o desenho de Camelo no verso. Tudo, é claro, está registrado no YouTube.
4. A notícia que circulava até então, era que Mallu vivia um romance com Hélio Flanders, vocalista do Vanguart, mas em entrevista ao site do Planeta Terra, festival em que os dois tocaram, ela disse que Helinho era coisa do passado e que estava apaixonada por outra pessoa, um homem mais velho “que ela se encontrava em junção”. No festival, ela também cantou a música (boa) que parece ser dedicada a Camelo. Assista aqui.
5. Na segunda após o festival (10/11), o Te Dou Um Dado? juntou as pontas e pediu a prisão de Camelo por pedofilia.
6. A notícia começou a reverberar e fez surgir as tais buscas que fizeram algumas pessoas chegarem ao Bloody Pop. Ontem (15), a coluna Gente Boa d’O Globo publicou, em nota intitulada “Camelete nº 1”, que é sim verdade que Marcelo e Mallu estão “namorando apaixonadinhos”. O EGO deu suíte, e, para o G1, Mallu disse mas não disse se é verdade:
“A gente está sempre saindo junto pra tocar, pra fazer outras coisas. As coisas combinam muito, temos bastante intimidade e é natural que a gente pense em novos projetos.”
O resto é história. Mas uma boa história.
Por mais que a liga das senhoras católicas da internet esteja reclamando pelo fato dele (30 anos) ter quase o dobro da idade dela (16), se for real, o romance entre Mallu e Camelo, na opinião desse blog, é uma das coisas mais legais que podia ter acontecido no pop brasileiro nesse fim de década.
Para Camelo, é a chance de voltar a dialogar mais abertamente com o pop, saindo do mau estigma de artista idiossincrático e ensimesmado que veio junto com o “Sou”. É também uma boa chance para ele começar a tirar fotos menos assustadoras.
Já Mallu tem a oportunidade de crescer ao lado do maior compositor da música brasileira nos anos 2000 (ponto pacífico, nem vem). Um guia que pode lhe abrir novos horizontes musicais e aproximá-la ainda mais do Brasil, o que, como mostram “Faz” e as outras canções em português da menina, é uma possibilidade bem promissora. Além disso, acho que não é o caso de descartar que os dois gravem um disco inteiro juntos, que, espera-se, soe mais Richard & Linda Thompson do que Jane & Erondi.
O personagem menos comentado dessa história, Hélio Flanders, é também o que me gera mais expectativa. Ninguém sabe ao certo (ainda) quando foi que o namoro dele com a Mallu acabou e nem quem deu/levou o pé na bunda. Ao que tudo indica (e eu espero que tenha sido assim), foi Mallu que se apaixonou por Camelo e deixou Helinho com o coração quebrado. Flanders já tem bastante talento para compor canções de corno (“Antes que eu me esqueça” não me deixa mentir), e agora as circunstâncias sugerem que possa vir aí um “Blood On The Tracks”/”Loki”/”Heartbreaker” no segundo disco do Vanguart, o primeiro por uma grande gravadora.
Agora é esperar pelo próximo capítulo.
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