90) “Sensual seduction”
Snoop Dogg
Ah cara, olha esse clipe.
89) “Cheap and cheerful” [vídeo]
The Kills
Vendido como metade como um JAMC-fashionista e metade como um White Stripes inglês (e sem um guitarrista foda), o Kills periga (se já não for) mais conhecido como a banda do namorado da Kate Moss. “Midnight Boom” em seu melhor momento é derivativo, quase descartável. Divertida e ordinária, como diz o título.
88) “The perfect boy” [vídeo]
The Cure
Há duas coisas que não mudam mais no The Cure: a maquiagem (e a barriguinha) de Robert Smith e a incapacidade dele de conseguir fazer um disco bom do começo ao fim. Mesmo com toda espera em torno de “4:13 Dream” (foram 4 singles!!), o álbum se perde no meio, como se perderam também todos os outros desde o “Disintegration”. Em meio aos passos em falsos, no entanto, surgem pérolas como “The perfect boy”, uma balada guiada pelo belo trabalho de guitarras (alternando distorção e reverb, lembrando Ride) e refrão grandioso.
87) “Time can be overcome” [MP3]
The Constantines
Num disco movido a guitarras altas e vocais berrados, “Time can be overcome” consegue ser o melhor momento justamente por ser o contrário: um blues lento e às vezes sussurado, que lembra os discos mais sombrios (“Nebraska” e o mais recente “Devils & Dust”) do Bruce Springsteen.
86) “Big dog” [MP3]
Guillemots
Se atirando de vez no pop, Fyfe Dangerfield pede espaço na pista para soltar seu momento hino timberlakeano sobre querer mais, melhores e maiores alegrias. Pode ter parecido megalomania para os fãs de Radiohead e Flaming Lips que cairam de amores pela banda em 2006, mas o que se viu aqui foi, na verdade, apenas um acertado e arriscado reposicionamento artístico e, consequentemente, de mercado. Eles continuam bons como na primeira vez, mas daqui para frente dá para dançar junto.
85) “Paranoid” [MP3]
Kanye West
Talvez se tivesse escolhido “Paranoid” como primeiro single de “808s & Heartbreak”, Kanye não teria causado tanto espanto (e reprovação) como fez nesses últimos meses. Faixa mais animada do disco, a música funciona como um link entre o pop festeiro e cheio de referências de “Graduation” e as lamentações minimalistas e autotunadas do seu novo álbum.
84) “You don’t understand me” [MP3]
The Raconteurs
Num disco em que pesou a mão de Jack White (como se os Stripes fossem uma “banda completa”, o que não é nem um pouco ruim), coube a essa balada jazzista ser um único trabalho realmente colaborativo entre Jack e Brendan Benson. Ainda sem encontrarem uma estética própria (mesmo problema de 11 entre 10 “supergurpos”), os Raconteurs tem aqui um bom caminho para seguirem daqui a dois anos.
83) “Ready for the floor” [vídeo]
Hot Chip
Se entendendo entre a pista de dança doismilanista (“Over and over”) e os estudos sobre o pop setentista no sentido mais amplo (dos primeiros solos do Macca, aos clássicos de Stevie Wonder até a disco music), o Hot Chip vai se consolidando como uma das bandas mais interessantes dos últimos anos. Em “Ready for the floor” fazem uma síntese rápida dos seus três discos para o ouvinte casual e seus novos fãs: é dance music, mas nãso te bota para dançãr de cara; é pop, mas foge dos velhos esquemas; flerta com o rock, mas passa longe do clichê.
82) “In a cave” [vídeo]
Tokyo Police Club
Quem esperava um disco tão gradioso quanto o hype em cima do Tokyo Police Club (foram 2 anos até o debut!) acabou batendo com a cara na porta, o que necessariamente não foi ruim. Com muito espaço para crescer, os canadenses entregaram mais uma peróla, a quarta seguida, como primeiro single de “Elephant Shell”. Rápida, ganchuda, levemente dançante. O tal “novo rock” finalmente flerta com o power pop.
81) “Brave Bulging Bouyant Clairvoyants” [vídeo]
Wild Beasts
A linha de baixo e a bateria sugerem Hot Chip, o vocal diz que é Scissor Sisters, mas a guitarrinha é puro Arcade Fire-alegre ou Vampire Weekend. Pode parecer confuso, mas a canção com nome mais estranho de 2008 é indie-rococó perfeito para pista de dança. Ou seria um caberet? Escondidos por outros hypes, as bestas selvagens construiram o seu próprio com um debut promissor, que atira em vários alvos e acerta em quase todos. Para ficar de olho nos próximos anos.
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