Quem: Terminal Guadalupe
Disco: “Mereça”
Lançamento: uma música no myspace de dezembro de 2008 até novembro. Ainda não há decisão sobre o lançamento físico.
Sai por onde: independente, por enquanto
O que já dá para ouvir: “Chico Balboa” no myspace
“Como sempre, seguimos na contramão até das nossas próprias tendências”, afirma o vocalista Dary Jr. sobre o quinto disco do Terminal Gualupe. São poucas as bandas que poderiam dizer essa frase sem medo e o Terminal é certamente uma delas. Os quatro álbuns que a banda curitibana lançou até agora passaram longe de hypes da estação, e, assim, conseguiram construir um arcabouço estético, tanto musical, quanto discursivo, que difere bastante do que tem aparecido no pop rock nacional recente. O termo proposto pela própria banda pegou e se há uma maneira de enquadrá-los em algum gênero seria mesmo o “pop de garagem”.
Enquanto o trabalho anterior “A Marcha Dos Invisíveis” apostava em ritmos acelerados e guitarras barulhentas, para este “Mereça” Dary prevê um disco mais lento, “mais setentista e levemente progressivo, mas melodicamente épico”. E com sangue quente:
É um álbum sobre inspiração, sonhos, um leque amplo. A referência é permanente: Ken Loach, cineasta britânico. Não consigo escrever desconectado da realidade. Posso falar de amor, de família, mas estou sempre de olho no mundo. Neste sentido, somos uma banda hemo, com “h”. Nossas canções têm sangue. E sangue quente.
O disco está sendo finalizado em sessões no estúdio A9 em São Paulo com o produtor americano Roy Cicala (que já trabalhou com John Lennon, Jimi Hendrix e Patti Smith) e já está sendo lançado desde dezembro do ano passado. Explico: ao invés de lançar um álbum completo em CD, a banda preferiu soltar as músicas novas uma a uma no myspace até novembro, começando pela canção de ninar roqueira “Chico Balboa”, disponível desde a véspera de Natal de 2008. Dary explica a decisão:
Nós avaliamos que seria interessante dividir com fãs e amigos o processo de construção do novo álbum. Isso significa que as canções serão liberadas conforme ficarem prontas. É o que os gringos chamam de “work in progress”. A banda insiste na unidade conceitual do disco, mas pondera que as músicas também funcionam por si sós.
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