Quem: Babe, Terror
Disco: “Perdizes Dream” (título provisório)
Previsão de lançamento: fevereiro
Sai por onde: lançamento independente, direto na internet e em cópias feitas em casa
O que dá para esperar: barulhos assombrosamente doces, para escutar no fone de ouvido grandão.
O que já dá para ouvir: “Summertime our leage” aqui e “Epicentro” no myspace
Pelas várias correções que foi fazendo às suas respostas em duas semanas de troca de e-mails, deu para perceber que Cláudio Szynkier é um cara atento aos detalhes. Não que tudo que ele tenha lançado como Babe, Terror não escancarasse isso.
Depois de soltar um EP em setembro e emplacar “Nasa, goodbye” em al–gu–mas listas de final de ano, Babe vai ao poucos finalizando seu primeiro disco, que deve ter 5 ou 8 faixas, ele ainda não decidiu. Só tem certeza que vai ter uma influência conceitual dos americanos do The Walkmen.
Estou pensando no disco quase como se fosse inteiriço, uma forma só. Estou preocupado agora em fazer com que tenha 37 minutos, mas vai ser impossível. Podem ser 5 faixas, ou 8, mas é uma questão de edição. Não tenho o nome para todas as “sequências”, inclusive porque não tenho elas todas definidas como tais. Uma coisa é certa, a prioridade é ser tipo Walkmen, que fez um disco histórico fodaço em 2008 – você pode até escutar uma música linda, mas o disco poderá ser tão bom quanto perdida é esta canção sozinha.
Essas “músicas lindas” começaram a ser gravadas em maio, mas Cláudio diz que só foi achá-las mesmo em outubro, em meio a uma viagem à Noruega. Embora influênciado pelos ares nórdicos, esse novo Babe, Terror, ele afirma, faz música tropical, como demonstra “Epicentro”, sua canção mais, uhm, acessível até agora, toda cantada em português. Ele explica:
Faço música tropical, eu acredito, encontrei isso como tema, norte. É uma tropicalidade com neve na borda. Na época do EP eu era um repentista eletrônico lo-fi, com um norte mais aleatório, e com a fantasia de uma banda-fantasma. O tema era basicamente tocar com essa banda. Agora sou eu mesmo.
A fantasia da banda fantasma já passou e para apresentações ao vivo Babe agora tem uma banda, que ele chama de Babe, Terror at your home e que é um pouco diferente do que você vai encontrar no myspace dele, por exemplo.
É adequado dizer que existem dois formatos para a mesma banda (gosto de ter uma banda, não um projeto haha). Babe, Terror at your home, que é ao vivo, e Babe, Terror for walking, que é a música de fato, a que eu faço e vai estar no disco, que é pra passear com headphones no sítio, na neve, sei lá. Dito isso, existem músicas da banda original, for walking, que são desenvolvidas ao vivo, mas recriadas principalmente. E existem improvisações ao vivo, jamais transportadas para as gravações do disco. Isso porque são métodos diferentes, e acabam sendo bandas diferentes mesmo. Ao vivo construo bases e acompanhamentos com loopings, que podem ou não se originar de músicas que de fato existem. São planos-seqüência. Em casa, gravo e edito; recorto e colo.
Recortando e colando, como eu disse, atento a cada detalhe.
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