Iggy Pop não só não está morto, como pensava a Diane de Trainspotting, como acaba de lançar um disco. “Préliminaires” já pode ser comprado numa pacoteira que inclui um single em vinil 7” e um livreto ilustrado por Marjane Satrapi ou em sua versão simples.
Difícil imaginar que o mesmo cara que cantava e pulava que nem um alucinado, vestido com uma calça de funkeira no finado Claro que é e rock, faria um trabalho calminho que nem esse.
O disco foi inspirado no livro “A possibilidade de uma ilha”, do francês Michel Houellebecq. A ideia original era apenas fazer algumas músicas para um documentário sobre a filmagem de um longa baseado no livro de Houellebecq, mas o projeto cresceu e virou um álbum completo.
“Préliminaires” tem influências de jazz e música francesa, tendo até uma versão para “Insensatez”, de Tom Jobim (mas nem de longe é um disco de jazz, como andou sendo alardeado por aí).
Mas quem curte Iggy em sua versão punk não precisa se desesperar. Ele deve deixar o banquinho e violão de lado para juntar mais uma vez os Stooges, segundo declarou a um jornal australiano, dessa vez com James Williamson, da formação de “Raw Power”, para uma turnê baseada neste disco, ignorado na última reunião do grupo.