Noite de sábado (22). Faz frio em São Paulo. A temperatura chegou a 12°C. Mas, dentro da Clash, na Barra Funda, o clima é outro, de expectativa, para o show de lançamento de “Caligrafia”, novo álbum do Ludov.
A apresentação começou com um pequeno atraso, às 21h46 (estava programada para 21h30). Logo de cara, “Luta Livre”, música que abre o quarto trabalho da banda (se contarmos o EP “Dois a Rodar”, além dos três discos). Ótima escolha, já que a canção é bastante enérgica, cm uma levada de bateria quase punk. “Vinte por Cento”, outra nova, vem na sequência.
As músicas são bem aceitas pela plateia que, se não chegava a lotar o clube, demonstrava bastante empolgação. O Ludov jogava em casa, com a torcida ganha. Além disso, se em disco as melodias bem produzidas e a bela voz de Vanessa emprestam um caráter muitas vezes de balada às canções, ao vivo elas ganham em peso e energia. Um dos principais responsáveis por isso é o competente guitarrista, Mauro Motoki. A cozinha, com Habacuque Lima no baixo e Paulo Rocha (mais conhecido como Chapolin) na bateria completa o clima rocker que a banda cria no show.
Além das músicas lançadas fisicamente, o Ludov não deixou de mostrar as canções bônus, disponibilizadas apenas online. “Teu Perfume”, a primeira lançada desta forma, foi também a primeira mostrada na noite. Fica claro que, longe de serem sobras de estúdio, algumas músicas saíram online apenas para acompanhar os novos tempos, pois poderiam facilmente fazer parte do CD.
Depois de mais algumas novas, o Ludov entoa aquela que é o hino da banda e não pode faltar nos shows, “Kriptonita”. O público, emocionado, canta junto. O palco da casa, próximo da plateia, ajuda a criar o clima de comoção. Mas, como a noite era de lançamento, “Caligrafia” volta a tomar conta do set.
“Notre Voyage”, com letra em francês e “Paris, Texas”, com diversas referências cinematográficas, são duas das melhores do novo trabalho e funcionam ao vivo. Quem sabe Vanessa não se empolgue e banda volte a apostar em novas letras em francês?
Pouco mais de uma hora e meia de apresentação foi o bastante para o Ludov marcar seu retorno aos palcos e mostrar sua nova fase.
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