Os Discos Brasileiros Mais Esperados Em 2010: Apanhador Só

Quem: Apanhador Só
Disco: ainda sem título
Previsão de lançamento: primeiro semestre
Sai por onde: independente, primeira tiragem com financiamento do Funproarte
O que esperar: um disco “mais pesado” e “mais atmosférico” que os outros dois EPs da banda
O que já dá para ouvir: 6 faixas que foram regravadas dos EPs, a versão demo de “O porta-retrato” e uma versão take-away show da bela “Nescafé”

“Aconteceu que no início a gente achava que gravar um álbum era muito mais simples do que acabou sendo”, justifica o vocalista Alexandre Kumpinski sobre os vários atrasos que a estréia do Apanhador Só já teve. Originalmente previsto para sair no início de 2009, o álbum, gravado com o experiente produtor gaúcho Marcelo Fruet (um dos “culpados” por “Como Um Filme Sem Um Fim” do Pública), deve sair nos próximos meses, depois de passar por “toda uma sorte de azares, doenças, zicas e outras pequenas coisas que foram atrasando um pouquinho mais”, como explica Kumpinski.

A presença do produtor, diz Alexandre, auxiliou bastante a banda na busca por uma sonoridade que fosse particular da Apanhador:

Posso dizer que o álbum está soando um pouco mais pesado às vezes, e às vezes um pouco mais atmosférico do que o segundo ep. A qualidade das gravações com certeza é muito superior a qualquer outro material nosso. O que tá acontecendo é que o Fruet conseguiu fazer o que de melhor um produtor pode fazer pro disco de uma banda: criar uma personalidade pro disco a partir do que a banda já era antes de começar a gravar, mas se mantendo atado ao que a banda já era antes de começar a gravar. Pode parecer meio confuso, mas é mais ou menos isso.

Além de algumas faixas dos dois EPs da banda e da já comentada “O porta-retrato”, o álbum deve ter ainda a canção “E se não der?”, que só entrou no final das gravações, mas que tem deixado a banda particularmente empolgada:

Ela nem tinha arranjo na banda ainda quando começamos a pré-produção do disco. Era só um poema do Diego Grando que eu tinha musicado e feito mais uma parte de letra. Então o Fruet sentou comigo e pediu pra eu tocar todas as músicas que eu tinha e que não estavam cotadas pra entrar no disco. Quando toquei essa, ele pulou da cadeira e disse que a gente precisava gravar essa música de qualquer jeito. Então ensaiamos ela com a banda, fizemos o arranjo e ficou muito bonito, emocionante. É uma das músicas mais diferentes do álbum e da banda.

Para quem quiser saber ainda mais sobre como foram as gravações do álbum, vale ir ao site da Alavanca, onde Alexandre manteve por alguns meses um detalhado e divertido diário de gravações.