por Alessanda dos Santos
Em 2002, eu tinha apenas 14 anos e embora tivesse mudado de uma rádio mais pop, para uma mais rock, ainda não levava a música tão a sério.
Foi aí que o “Is This It” caiu no meu som.
Naquela época, as pessoas ainda emprestavam discos e lembro-me de ter ficado muito tempo analisando os integrantes da banda e achando uma pena o encarte não ter as letras das canções. Segundo o amigo, que me emprestou o disco, aquela era uma das melhores bandas surgidas nos últimos tempos. Eu, após ouvir o disco, concordei.
O “Is This It” entrou na minha vida e mudou todo o conceito que eu tinha de música. A partir dele, passei a prestar mais atenção no que escutava, até isso de tornar definitivo aos 17.
Aquele som garageiro, meio punk chegou na hora certa no mercado fonográfico. Os anos 90 já tinham revelado o grunge e bandas mais despojadas como o Green Day e Offspring. Foi nesta década que o Radiohead se transformou em um fenômeno, depois de lançar “OK Computer”. Depois disso, as coisas ficaram meio paradas e estavam todos ávidos por uma novidade realmente quente. Daí apareceram os Strokes.
No começo, eles não tinham muita credibilidade, já que para muitos eram apenas garotos ricos (e isso eles realmente eram) que queriam fazer rock. Porém, quando “Last Nite”, “Is This It”, “The Modern Age”, “Soma”, “Barely Legal”, “Someday”, “Alone, Together”, “Hard to Explain”, “Trying Your Luck”, “Take It or Leave It” e “New York City Cops” (substituída por “When It Started” nos Estados Unidos, em respeito ao atentado de 11 de setembro), as coisas mudaram de figura. O Strokes ainda conseguiu influenciar uma série de outras bandas que surgiram na última década como The Killers, Acrtic Monkeys e até a banda carioca Moptop.
Eu não fazia idéia de absolutamente nada disso nos meus tenros 14 anos. Era apenas mais uma fã, que adorava os cachinhos do baterista brasileiro Fabrízio Moretti e achava um máximo quando Nick Valensi mordia o lábio quando ia fazer um de seus solos. Julian Casablancas, Albert Hammond Jr. e Nikolai Fraiture não faziam muito a minha cabeça.
“Is This It” foi o disco que mudou a nossas vidas. Ponto.
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