Quando o Bloody Pop tinha completado seus 2 anos de vida, eu já tinha avisado que, apesar de termos comemorado com festa e tudo mais (dica: a festa virá, logo), dessa vez iria rolar um presente bem legal.
Então, é com um sorriso de orelha à orelha que apresentamos a coletânea “Ao Futuro”, uma reunião de faixas de artistas que acompanhamos desde o início do blog como o Do Amor, que abre a coletânea, ou nos quais estamos viciados no momento, como a Tulipa Ruiz.
Todas essas faixas vem de discos ainda não lançados oficialmente, mas que estão previstos para 2010. Então, além de comemorar os 2 anos do blog, a “Ao Futuro” é uma forma de celebrar todas as coisas que a música brasileira já é e ainda pode ser em 2010.
Antes que você baixe a coletânea, nós do Bloody Pop gostaríamos de agradecer a todos os artistas e suas equipes (meninas da Alavanca, Juliano da Phonobase, Ricardo da (©urve)music, pessoal da Cria Cultural) que gentilmente liberaram as canções para você.
[MP3] Ao Futuro
01. Do Amor – “Chalé”
02. Supercordas – “Índico De Estrelas”
03. Inverness – “Cutting The Wind With A Knife”
04. L.A.B. – “Pornwave”
05. stella-viva – “Aeromoça”
06. Bazar Pamplona – “O Gringo”
07. Tulipa Ruiz – “Efêmera”
08. Forgotten Boys – “You Draw The Line”
09. Burro Morto – “Foda Do Futuro”
10. Cérebro Eletrônico – “Decência”
01. Do Amor – “Chalé”
A primeira faixa da aguardada estréia do Do Amor a sair em versão final, “Chalé” é o rock de estádio do quarteto carioca, com levada krautrock importada da Bahia (BAHIA!!) e letra classic do amor (“VOU LAMBEEEEER VOCÊ!”).
02. Supercordas – “Índico De Estrelas”
“É uma balada pop melotrônica de menos de 3 minutos, e talvez a canção de amor mais redonda e concisa que já fizemos. A maior parte foi gravada no nosso Estúdio Musgo. Depois que fechamos as portas, gravamos algumas guitarras adicionais, mixamos e masterizamos na Fábrica de Monstros com nosso amigo Marcos Thanus.” – Pedro Bonifrate
Créditos: Escrita por Bonifrate, arranjada por Supercordas. Gravada nos estúdios Musgo e Fábrica de Monstros (Rio de Janeiro) entre janeiro de 2009 e março de 2010. Mixada e masterizada por Marcos Thanus e Supercordas em março de 2010.
03. Inverness – “Cutting The Wind With A Knife”
“Ela foi inteira gravada, programada e sequenciada por mim aqui em casa usando uma mistura de instrumentos reais e virtuais. Na verdade cada parte dela já foi de alguma música antiga não aproveitada, ou seja, ela é um zumbi! Foi uma das primeiras músicas que fizemos para o que então seria o EP “Somewhere I Can Hear My Heart Beating” que acabou virando um disco completo. Como é de costume pra gente ela mistura vários elementos concretos através de samples e instrumentos orgânicos convencionais; não tem uma estrutura convencional, mas sim evolui de uma parte pra outra tentando descrever sonoramente a sinestesia do título.” – Lucas de Almeida
04. L.A.B. – “Pornwave”
“Eu (Fê Fischer) fiz essa música (Pornwave) no violão, com uma idéia de folk-pop ou algo parecido. Porém, desde o princípio eu pensava em algo maior. De fato eu pensei numa soundtrack, e partir dessa idéia nós acrescentamos os synths, que contribuíram para dar uma cara mais épica para a música.” – Fê Fischer.
Créditos: composta por Fe Fischer, escrita e arranjada por Fe Fischer & Dan Schneider.
05. stella-viva – “Aeromoça”
Cantada em inglês, a canção dos curitibanos continua de onde o EP “Quatro Canções” de 2008 havia parado, misturando a sensibilidade melódica do Clube da Esquina (aqui mais Lô Borges do que Milton) com a tensão do indie rock, e, no caso específico de “Aeromoça”, adicionando os sinterizadores e ritmo matemático do XTC.
06. Bazar Pamplona – “O Gringo”
“O mote para “O Gringo” foi a saída do baixista Rafael Batata da banda, em 2006. Ele pegou as trouxas dele e se mudou para os EUA, a trabalho. Na mesma época, o produtor da banda, João Erbetta (Los Pirata), também foi para os EUA. Ou seja, todo mundo ligado à banda estava debandando. A música fala um pouco sobre ser estrangeiro, sobre viver em determinado lugar, mas não pertencer a ele (‘Eu não sou daqui’). Começa com o Batata (‘o mais paulista parado no sinal’) fazendo um primeiro reconhecimento da cidade para onde se mudou, andando pelas ruas, olhando as vitrines. E o pior: ouvindo falas sem legenda o tempo inteiro.” – Estevão Bertoni
07. Tulipa Ruiz – “Efêmera”
Se destacar no mar de cantoras na história recente da música brasileira não é nada fácil. Mas Tulipa consegue sem muito esforço aparente. Sua voz e suas canções simplesmente existem belas, plenas, deliciosamente suavez. “Efêmera” é a faixa-título do seus primeiro álbum, que sai pela YB Music no fim de maio.
08. Forgotten Boys – “You Draw The Line”
Depois de algumas mudanças no lineup após do lançamento do álbum “Louva-A-Deus”, a tradicional banda indie paulista está pronta para lembrar todo mundo por que eles eram os melhores naquilo que fazem. Só que ninguém imaginou que eles iriam falar isso tão ALTO.
09. Burro Morto – “Foda Do Futuro”
“Foda Do Futuro” pode até já dizer bastante a que veio pelo seu título. A dinâmica é exatamente aquilo que você está pensando: ação e contração, alto e baixo, tensão e relaxamento. Mas nunca chega lá exatamente, o que nos faz ficar ainda mais ansiosos pelo primeiro disco cheio da banda de João Pessoa.
10. Cérebro Eletrônico – “Decência”
Uma das faixas que vão compor o aguardadíssimo “Deus E O Diabo No Liquidificador”, “Decência” sintetiza a idéia central do álbum, que lembra que ninguém é santo o tempo todo. Sem boas maneiras (“no melhor estilo sexo, drogas e rock n’ roll”), Tatá Aeroplano transforma o que poderia ser a pior ressaca de todos os tempos numa bela declaração de amor.
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